18 meses | Revista O Meu Bebé

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X DESENVOLVIMENTO X

Perguntas sobre as primeiras palavras

A aprendizagem da linguagem é um processo longo e que desperta muitas questões aos pais. Aqui tem as respostas às suas perguntas!

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Quais são as primeiras palavras do bebé?
> A partir do primeiro ano,
além de dizer “mamã”, “papá”, “avó”, “papinha”, as crianças mais precoces inventam o seu próprio vocabulário, inspirado nos sons que cada objeto o animal produz: carro é “pó-pó”, o gato, “miau”, o cão, “ão-ão”, etc.

> Por volta dos 18 meses, em geral, todas as crianças sabem pronunciar correctamente cerca de dez palavras e, por vezes, também são capazes de compor uma frase com sentido, como: “mamã, papinha”.

> Antes dos dois anos, dois anos e meio, a criança já consegue manter um diálogo simples e responde às perguntas que lhe colocam.

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Devo preocupar-me se, com 18 meses, só diz algumas palavras?
> Não, não há nada com que se preocupar. Cada criança tem os seus próprios tempos, e isto também é válido para a linguagem. Apenas um problema grave de audição, que normalmente é detetável nos primeiros meses nas consultas pediátricas de rotina, poderia criar atrasos específicos ou dificuldades de maior na adquisição da linguagem. Estes casos costumam ser descobertos a tempo.

Se a criança balbucia, significa que terá dificuldades em falar sozinha?
> Os episódios de “linguarejar” são bastantes e frequentes nos bebés, especialmente por volta dos dois ou três anos. Não são preocupantes porque, se der ao pequeno liberdade para se expressar, sem o forçar nem corrigir, desaparecerão por si mesmos em pouco tempo.

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É verdade que as meninas começam a falar mais cedo?
> As meninas são mais precoces do que os meninos no que se refere à aprendizagem e utilização das palavras. Em ambos os sexos, os centros principais da linguagem situam-se geralmente no hemisfério esquerdo do cérebro. No entanto, os estudos neurológicos demostraram que as meninas, ao contrário dos meninos, utilizam ambos hemisférios durante o processo de aprendizagem da palavra: tanto o direito, sede da criatividade, como o esquerdo, sede da racionalidade.

Também existe a possibilidade da precocidade das meninas no respeitante à linguagem ser devida a um mais rápido amadurecimento dos centros cerebrais, influenciada pelo funcionamento hormonal e que, nos processos de aprendizagem, recorram a várias regiões cerebrais onde se incluem as responsáveis pela visão e pelos sentimentos.

X EDUCAÇÃO X

O método do fora de jogo

A partir dos 18 meses, a criança já é capaz de perciber um tipo de castigo que costuma dar bons resultados. Trata-se do método do “fora de jogo”.

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> O método do fora de jogo (ou time-out ) consiste em afastar a criança, depois de manifestar um comportamento desadequado, mantê-a à parte por um breve período de tempo. A separação temporal da criança, que pode ser apenas deixá-la noutra divisão da casa, também ajuda os pais a recuperar a calma.

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EM QUE CONSISTE
Para que o “fora de jogo” tenha um efecto positivo na família,é importante respeitar alguns princípios:

> Não abusar deste procedimento: adotá-lo só em casos excecionais, sobretudo quando o pequeno tem uma crise de raiva, uma grande birra, e não quer ouvir nada. Se abusar deste método, a criança vai vivê-lo como uma subtração de afeto incompreensível.

> No momento de aplicar o método, não lhe grite: a criança deve compreender que não se trata de uma punição, mas sim de um procedimento que permite a todos recuperar a calma.

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X CUIDADOS X

Como e quando deixar a fralda

Se se questiona sobre o momento e o modo do seu filho parar de usar fraldas, oferecemos-lhe neste artigo toda a informação necessária.

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> Como acontece com todas as metas de desenvolvimento, saber quando chegou a hora de deixar a fralda depende da evolução individual do seu filho e dos hábitos específicos do vosso ambiente familiar.

> O êxito da operação é tão mais fácil e rápido quanto mais sereno for o ambiente em que acontece, sem excessos nem rigidez. Para a ajudar, encontrará neste artigo toda a informação sobre qual é o melhor momento para a criança deixar de usar fralda, como o fazer, e alguns truques fáceis e eficazes para o conseguir no mínimo espaço de tempo possível.

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O MELHOR MOMENTO
A idade em que a criança desenvolve as condições necessárias para aprender a controlar os estímulos é por volta dos 20 meses, quando o controlo dos esfíncteres anais e vesicais coincide com a maturidade da musculatura voluntária.

> Também existem outros indícios para saber quando é o momento de abandonar a fralda: se o bebé já é capaz de subir e descer escadas, se consegue empilhar pelo menos três cubos, se sabe pegar num lápis, ou se consegue segurar pequenos objetos.

> Ao início, o bacio vai-lhe parecer um brinquedo, um objeto desconhecido para explorar, até se converter num hábito e a criança tomar consciência, pouco a pouco, de que pode controlar a vontade.

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COMO ATUAR
> Os aspetos psicológicos desta nova conquista também têm de ser considerados. A capacidade de controlar o cocó e o xixi está relacionada com a intensa sensação de prazer que a criança experimenta na fase de expulsão e retenção. É nesta fase que, pela primeira vez, se dá conta da produção de uma atividade interna no seu corpo. O pequeno sente-se orgulhoso dos seus produtos e da sua capacidade em controlá-los.

> Neste processo, será determinante a atitude do adulto, que deverá mostrar-se paciente e equilibrado. Nada de excessos nem de triunfalismos perante a tão aguardada produção. Também não se deve demonstrar nojo perante o cocó. Deve apenas encorajar-se o processo “criativo” com carinho, sem se apressar a eliminá-lo com repulsa.

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7 TRUQUES EFICAZES
1. Compre um bacio colorido e com um formato original. Assim será mais fácil que o seu filho se familiarize com este objeto.
2. Vista-o de forma prática: saias e vestidos se for uma menina, bermudas com cintura elástica, se for rapaz.
3. Dê o exemplo para o ajudar a aprender: deixe que o seu filho assista às suas práticas de higiene habituais.
4. Não insista se ele não se quiser sentar na sanita.
5. Faça-lhe companhia e elogie-o. Não puxe o autoclismo imediatamente, ver o que fez ajuda a criança a compreender o processo.
6. Se pressente um certo receio ou insegurança, distraia o seu filho com uma brincadeira.
7. É normal que, nas primeiras semanas, a criança se dê conta do estímulo demasiado tarde, quando já fez xixi na cama.

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Disciplina positiva: em que consiste

Trata-se de um modelo educativo baseado na compreensão do comportamento da criança, para a poder orientar de modo positivo, porém firme.

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> A disciplina positiva é uma metodologia educativa que nasceu nos anos 20, fundamentada nas ideias do médico e psicoterapeuta Alfred Adler. No entanto, só nos anos 80 é que este modelo educativo se sistematizou e aplicou.

> Em traços gerais, a disciplina positiva representa um método educativo que destaca o comportamento da criança e a forma de abordar a sua atitude de modo a guiá-la de forma carinhosa, porém firme e respeitosa, quer em relação à criança como para o adulto.

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EM QUE SE BASEIA
> A disciplina positiva baseia-se na comunicação, no amor, na compreensão e na empatia para desfrutar as relações familiares. Também proporciona aos pais ferramentas para compreender os comportamentos dos seus filhos e para os reconduzir com respeito, sem lutas de poder e de forma positiva, quando a sua atitude não é adequada.

> Oferecemos-lhe o manifesto de uma mamã que aplica esta filosofia na educação dos seus filhos, escrito pela mão da coach de vida e colaboradora da revista Mi Bebé y Yo, Ana Isabel Fraga.

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MANIFIESTO DE UMA MÃE
> Sou uma mãe muito carinhosa, adoro usar o sentido de humor no dia a dia com os meus filhos e rimo-nos muito. Os abraços, os beijos, as carícias, os pequenos gestos afetuosos, as piscadelas cúmplices, os “”amo-te”, os sorrisos quando nos vemos… tudo isto está presente e preenche os nossos dias.

> Sou uma mãe muito firme. Em casa temos normas, existem limites que não se podem ultrapassar, e praticamos o que estabelecemos. Se se passam os limites, se surgem problemas, ou as normas não são cumpridas, procuramos soluções entre todos, em consenso, sugerindo opções que melhorem a situação, e esforçamo-nos por cumpri-las.

> Não acredito que o castigo ensine seja o que for de interessante, pelo menos não do que eu pretendo, e uso outras ferramentas para encarar as situações problemáticas ou os maus comportamentos, e que incluam, ao mesmo tempo, CARINHO e FIRMEZA.

> Procuro, dia após dia, a autonomia dos meus filhos deixando que explorem, que errem, ensinando-lhes o que precisam de aprender, apoiando-os e acompanhando-os sempre que necessitam, soltando-os um pouco mais de cada vez.

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> Sou um ser humano, por isso, engano-me, faço asneira em situações novas que ainda não sei enfrentar, e em situações velhas que já vivi muitas vezes, mas que me apanham num momento mau, ou com as quais não aprendi ainda o que precisava de aprender. Faço disparates às vezes porque não me lembro do que fazer nesses momentos, ou porque me dispara esse piloto automático, que todos temos e que tem a ver com a nossa própria infância ou com deixar-se levar por uma descarga emocional.

> E, quando meto “o pé na poça”, a primeira coisa que faço é recolher-me, respirar e acalmar, aproximar-me do meu filho pedindo desculpa, e procurar soluções entre ambos para que cada vez façamos as coisas melhor.

> Sei que mais de metade das vezes faço as coisas bem feitas, e o resto das vezes tento melhorar de dia para dia. Tento APRENDER COM OS ERROS, porque acho que os erros são oportunidades para aprender. Perdoo-me porque sei que é assim.

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> Sei o que faço, como me comporto, como costumo reagir, como resolvo os meus problemas, como enfrento os meus medos, como comunico, como cuido de mim mesma… Esta consciência ficará gravada fundo nos meus filhos, muito mais que qualquer sermão ou conselho que eu lhes possa dar. Para isso, trabalho o meu interior, reflito e dou tempo a mim mesma para me sentir bem.

> Sei que a educação é um caminho, uma bela aventura repleta de desafios, e que cada um desses desafios é uma oportunidade maravilhosa para ensinar ao meu filho capacidades para a vida, em vez de me limitar a “controlar” o seu comportamento e reprimir as suas emoções. Vou ajudá-lo a lidar com os seus comportamentos, dando-lhe ferramentas que fortaleçam a sua inteligência emocional, o sentido de responsabilidade, o hábito de tomar decisões, o controlo das emoções (e não a sua repressão), a empatia e o conhecimento de si mesmo.

> Sei, também, que por vezes me desviarei do caminho, mas também sei que posso sempre regressar a ele com uma nova lição aprendida.

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OBRIGADO POR NOS LER

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